quarta-feira, 25 de junho de 2014

Incondicional... até o fim.

Eu nunca fui muito adepta ao tal do amor incondicional. Sou elétrica, sou intensa e profunda demais para isso. A sensatez não é minha característica mais forte e acredito no tempero da loucura para ser feliz... Assim, não sei esperar e nem sou boa de reflexões, gosto de respostas, gosto de certezas, isso que me deixa segura..
Segura sigo a passos lentos, me entrego toda, desnudo a alma...
Sou tudo isso, fogo, paixão, ventania, terremoto, incêndio...
Gosto do silêncio, quando movimenta a alma, e o vento traz a paz que eu preciso para me recarregar. Não sou dependente, mas me aprisiono naquilo que acredito ser meu, mas demoro muito a acreditar, talvez nunca acredite. Sim, sou desconfiada...
Sou curiosa, me sacio de segredos roubados, mas procuro não me apoiar nisso, prefiro a verdade dos olhos...
Então, esse lance de amar pra sempre sem viver este amor não combina muito comigo, me faz sofrer!
O amor tem que ser vivo, não morto!!!
Mas a vida, ahhhh a vida, porque apronta dessas que fazem nossos conceitos cairem por terra?
E assim, depois de poucos posts com tanto amor nas entrelinhas, nos separamos... E eu nem sei explicar direito o motivo mas eu cansei, sabe? E mesmo aos pedaços estou me catando todos os dias num esforço descomunal para não me espalhar e perder minha forma, minha essência.
Estou só novamente!
E agora com dor e saudade, sangrando e me derretendo a cada minuto no calor das lembranças que não cessam. Eu amo demais, e aí eu penso como pude deixar um amor tão insólito tomar conta de mim desse jeito?! Amo demais! E nem me vejo deixando de amar tão cedo e sim, puts, como me sinto feliz por amar desse jeito, como esse amor é o que levanta todos os dias e como tudo isso é o que me faz ser alguém que eu gosto de ser... Eu não consigo odiar... Eu não consigo sentir raiva... Eu só amo. Amo com dor, amo com amor, amo com saudade, amo com lágrimas como a que escorre agora... amo.
Já não procuro saber de mais nada, nem espero nada também... Apenas o sinto aqui dentro. E basta. O resto é a vida dele que não me pertence (mais), nunca me pertenceu... Até porque ele nunca a entregou para mim. Ele nunca SE entregou para mim... Enfim.
Seguirei em frente, sendo feliz, como sempre fui. Ainda vou chorar muitas vezes e talvez tenha momentos de surtos, quem sabe a fraqueza de procurar, mas não somos mais nada... Somos mais um casal que viveu uma história, e só. A grandeza que nos fez parecer únicos um dia, se tornou tão pequena que somos apenas mais um casal que não deu certo.
Não tem acusação, porque isso nem importa mais.
A gente só briga quando acha que tem jeito... e não tem. Quando a coisa fica unilateral não tem como brigar, nem conversar, nem nada. Porque não dá mais música... E festa sem música é xoxa. É sexo casual.
Mas aí vem o porque da frase inicial.
Me sinto devotada a este amor e isso é o que torna ele verdadeiro. Tenho um compromisso com ele, Essa coisas que faz a gente não se sentir dono da gente, sabe? Não me sinto propriedade de mim mesma...
Aí, como uma coisa leva a outra, vamos falar de fidelidade. Porque fidelidade é um tema cheio de hipocrisias. Acho que o grande compromisso tem que ser consigo mesma, com a verdade do seu coração. Porque quando você fica com alguém casualmente, entrega seu corpo, e ama outra pessoa verdadeiramente, você corrompe seus próprios sentimentos... Você trai a si mesmo. E é esse o grande problema, trair a si mesmo...
Assim, me declaro casada com a solidão. Tenho um compromisso com o meu coração e nada, ninguém irá corromper isso até que eu o mate definitivamente dentro de mim.
Eu amo, infinita e incondicionalmente... e embora forade planos, te amarei até o fim. Mas me amo acima de tudo e não posso me deixar desgastar assim, por isso fui-me... E acho que... estaremos mais felizes.
O fim... não está escrito aqui dentro ainda... por enquanto ficamos nas reticências. ...